PSICOLOGIA DO ESPORTE / 16/07/2014

Contribuições da Psicologia do Esporte para a sociedade - Nota de esclarecimento

Contribuições da Psicologia do Esporte para a sociedade - Nota de esclarecimento

Considerando recentes debates nos meios de comunicação sobre o desempenho da seleção brasileira de futebol na Copa do Mundo da Fifa e a atuação da Psicologia do Esporte no preparo dos jogadores, o CRP SP toma a iniciativa de oferecer os seguintes e devidos esclarecimentos e orientações sobre o exercício da profissão.

A Resolução CFP 013/2007, ao instituir o Título Profissional de Especialidade em Psicologia do Esporte, descreve que "a atuação do psicólogo do esporte está voltada tanto para o esporte de alto rendimento, quanto para a identificação de princípios e padrões de comportamentos de adultos e crianças participantes de atividades físicas". Assim, o profissional estuda, identifica e compreende teorias e técnicas psicológicas que podem ser aplicadas ao contexto do esporte e do exercício físico, tanto em nível individual como grupal - praticantes de atividade física ou equipes esportivas. Participa, em equipe multidisciplinar, da preparação de estratégias de trabalho objetivando o aperfeiçoamento e ajustamento do praticante aos objetivos propostos, procedendo ao exame de suas características psicológicas. Ainda, orienta pais ou responsáveis nas questões que se referem à escolha da modalidade esportiva e colabora para a adesão e participação aos programas de atividades físicas da população em geral ou portadora de necessidades especiais.

Nesse contexto, de que forma a(o) Psicóloga(o) do Esporte pode contribuir para avaliação e preparo de atletas?

A Associação Brasileira de Psicologia do Esporte, entidade que congrega profissionais de todo o país, aponta que a avaliação psicológica no esporte é um processo de investigação e levantamento de informações sobre aspectos particulares do atleta ou da equipe esportiva, considerando a modalidade praticada. Podendo ser realizada a partir do uso de instrumentos como testes psicológicos, observação e outras técnicas ou recursos quantitativos e qualitativos e visando uma compreensão integral e multidisciplinar do indivíduo e da comissão técnica, a avaliação tem como objetivo a busca de qualificação e quantificação de estados emocionais em situações de treinamentos e competições, assim como a avaliação de processos psíquicos (atenção, concentração, percepção entre outros), das relações interpessoais, visando a otimização do desempenho individual e coletivo.

Para que (a)o psicólog(a)o possa desenvolver um trabalho e esperar resultados se faz necessário sua inserção e aceitação na comissão técnica, o que pode garantir um planejamento e intervenção de acordo com as demais preparações técnica, tática e física. A partir disso é possível:

1) analisar e compor o perfil psicológico do atleta, de acordo com cada modalidade esportiva (considerando, por exemplo, o tipo de enfrentamento: com ou sem contato físico/individual ou coletivo, entre outros aspectos);

2) escolher estratégias para decisões referentes às particularidades pessoais ou grupais;

3) auxiliar na preparação psicológica do atleta ou do grupo para adequar-se às exigências dos demais aspectos físico, técnico e tático.

Nesta perspectiva, a Psicologia do Esporte vem ao longo dos últimos anos se constituindo como uma das áreas das ciências do esporte de forma bastante consistente. As pesquisas e o número de profissionais atuantes nesta área têm crescido a cada ano, principalmente pelo aumento da oferta e procura por profissionais especializados, o que aponta para o reconhecimento de suas diversas contribuições. Ensejados pela Copa da Fifa e outros grandes eventos esportivos, cabe orientar a categoria e a sociedade sobre a atuação da(o) psicóloga(o) neste contexto, além de ressaltar algumas questões éticas relacionadas à prática das(os) profissionais.

Com a Copa da Fifa, tem aumentado as oportunidades para psicólogas(os) posicionarem-se em diversos veículos de comunicação a fim de "analisarem" o desempenho e comportamento dos jogadores, bem como seu estado emocional diante de evento desse porte e natureza, dentre outros aspectos.

Quanto a presença psicólogas(os) na mídia, é importante que zelem pela qualidade de suas participações e declarações, respaldando-se na ciência psicólogica, ética e legislação profissional, conforme preconiza o Código de Ética Profissional em seus artigos:

Art. 1º,
(.)
c) Prestar serviços psicológicos de qualidade, em condições de trabalho dignas e apropriadas à natureza desses serviços, utilizando princípios, conhecimentos e técnicas reconhecidamente fundamentados na ciência psicológica, na ética e na legislação profissional;
(.)
j) Ter, para com o trabalho dos psicólogos e de outros profissionais, respeito, consideração e solidariedade, e, quando solicitado, colaborar com estes, salvo impedimento por motivo relevante;
Art. 2º. Ao psicólogo é vedado:
(.)
q) Realizar diagnósticos, divulgar procedimentos ou apresentar resultados de serviços psicológicos em meios de comunicação, de forma a expor pessoas, grupos ou organizações.
Art. 9º -É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional.
Art. 19. O psicólogo, ao participar de atividade em veículos de comunicação, zelará para que as informações prestadas disseminem o conhecimento a respeito das atribuições, da base científica e do papel social da profissão.

Para concluir, o CRP SP reitera seu apoio às psicólogas e psicólogos nos mais diversos contextos de atuação, a toda manifestação fundamentada sobre a pluralidade temática, teórica e metodológica da Psicologia e defende o debate respeitoso, coerente e propositivo entre as(os) profissionais e sobre a profissão e a ciência, o que contribui para o crescimento de uma Psicologia comprometida com o zelo ético e técnico no exercício da profissão, seja na prestação de seus serviços psicológicos, seja na produção do conhecimento.





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