TRANSPARÊNCIA / 03/07/2014

CRP SP assina carta aberta "Por maior transparência nas questões da água"

CRP SP assina carta aberta "Por maior transparência nas questões da água".

O objetivo é chamar a atenção do governo estadual para a necessidade de maior transparência sobre os dados relacionados à situação do abastecimento de água.

O manifesto propõe, entre outras medidas, que a sociedade seja informada sobre a real condição dos reservatórios e das ações que será necessário adotar, mesmo em caso de chuvas, respondendo as seguintes perguntas: "Qual o impacto do uso do volume morto na qualidade da água e na saúde pública? A solução de usar a capacidade de outros sistemas pode dar conta das necessidades de todos aqueles que dependem das bacias que serão interligadas? E por quanto tempo? Caso o regime de chuvas do próximo verão seja semelhante ao do verão passado, existe algum plano de emergência para a cidade? Esse plano, se existir, não deveria começar a ser adotado desde agora?".




Carta Aberta: Por maior transparência nas questões das águas

O Brasil detém 12% das reservas de água potável do mundo. Esse fato consolidou uma ideia de abundância que não condiz com o momento atual. A visão de que esse recurso é infinito vem promovendo uma cultura de gestão da água que não prevê estratégias para momentos de aumento de escassez como este pelo qual está passando boa parte das regiões Sul e Sudeste do país, onde vivem 60% da população.

Exemplo dessa visão é o cenário a que chegamos agora: a capital paulista e a região metropolitana estão com os reservatórios que as abastecem virtualmente secos e a população de um dos maiores centros urbanos do mundo não sabe quase nada a respeito da real situação.

De acordo com dados divulgados pelos meios de comunicação em 30 de maio, o Sistema Cantareira estava com 25% de sua capacidade, já contando o "volume morto", baixando o volume em 0,1 a 0,2% diariamente. A continuar nesse ritmo, os reservatórios estarão secos entre 125 e 250 dias. Para prevenir maior escassez, alguns bairros de São Paulo já começaram a ser abastecidos por água transferida de outros sistemas, como a própria Sabesp confirmou.

Ainda conforme informações da imprensa, a escassez de água já era uma realidade para pelo menos 1,6 milhão de pessoas da região metropolitana da capital desde 2012. E pesquisa do Datafolha feita em 31 de maio último revelou que 35% dos paulistanos afirmam que sofreram com falta de água durante o mês de maio deste ano.

As respostas do governo estadual e da Sabesp não têm sido suficientes para esclarecer a população paulistana e demonstrar que as autoridades estão conscientes da gravidade da situação e adotando as medidas que o momento exige, por mais impopulares que possam ser.

Em outras palavras, a água potável que abastece São Paulo está acabando, a cidade pode ter de enfrentar em breve um profundo racionamento e a reação do governo estadual tem sido desproporcional à gravidade do problema.

Portanto, diante das sérias consequências sociais, políticas e econômicas que a escassez de água pode acarretar ao Estado de São Paulo, nós, as entidades aqui subscritas, dirigimo-nos ao exmo. sr. governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, apelando ao seu civismo e espírito democrático, para reivindicar mudanças profundas na abordagem da questão da água, independente do calendário eleitoral.

Propomos:

Transparência total nos dados. É importante manter a sociedade informada sobre a real condição dos reservatórios e das ações que será necessário adotar, mesmo em caso de chuvas, respondendo as seguintes perguntas: Qual o impacto do uso do volume morto na qualidade da água e na saúde pública? A solução de usar a capacidade de outros sistemas pode dar conta das necessidades de todos aqueles que dependem das bacias que serão interligadas? E por quanto tempo? Caso o regime de chuvas do próximo verão seja semelhante ao do verão passado, existe algum plano de emergência para a cidade? Esse plano, se existir, não deveria começar a ser adotado desde agora?

Criar uma comissão formada por representantes da academia, das empresas, da sociedade civil e de secretarias de governo para discutir as ações de curto, médio e longo prazos, bem como planos estratégicos que previnam situações semelhantes no futuro.

Movidos pelo mais alto espírito público é que nos manifestamos e encaminhamos este documento a vossa excelência.

Instituto Ethos
Instituto Socioambiental
Rede Nossa São Paulo

Clique aqui e confira quem já assinou o manifesto.





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