CRP SP e outras entidades manifestam o seu repúdio à postura e à atitude da ABP, entendemos que somente com respeito e capacidade de diálogo será possível chegar a conclusões legítimas que respondam aos anseios sociais.
NOTA DE REPÚDIO À ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA (ABP)
No dia 23 de maio de 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) publicou em seu site matéria intitulada "Psiquiatras da ABP participam de audiência no Senado para discutir a descriminalização do porte de drogas para consumo pessoal". Nesta publicação a ABP cometeu falhas éticas contra vários componentes da mesa. Termos agressivos, além de ataques pessoais aos palestrantes, foram divulgados nesta nota institucional, veiculada em mídia pública. Dois dias depois da publicação da notícia, o trecho ofensivo foi suprimido após ter sido denunciado nas redes sociais, sem explicações ou desculpas aos ofendidos até o presente momento.
A ABP é uma entidade com a história de uma trajetória democrática e de participação em várias lutas sociais. Neste caminho, um dos alicerces foi o respeito a todas as opiniões, mesmo que fossem contrárias ao modo de pensar da instituição. A voz coletiva era ouvida e os posicionamentos respeitados, independente de quem os tivesse emitido.
A ABP que outrora respeitava a pluralidade agora é uma associação capaz de ofender aqueles que dela discordam, numa demonstração de intolerância e incapacidade de escutar o contraditório. Esta incapacidade traz dificuldades ao crescimento e impossibilita que temáticas pertinentes à saúde mental brasileira, sejam aprofundadas no diálogo com a sociedade, com as demais categorias profissionais e com os próprios psiquiatras de nosso país.
Causa espécie que a mesma diretoria da ABP que tenta combater o preconceito contra o portador de transtorno mental com um neologismo esdrúxulo ("psicofobia") e um inadequado projeto criminalizante, trate uma pessoa que não comunga de seu pensamento como "bipolar". Seria a própria ABP "psicofóbica"?
As entidades listadas a seguir manifestam o seu repúdio à postura e à atitude da ABP por entender que somente com respeito e capacidade de diálogo será possível chegar a conclusões legítimas que respondam aos anseios sociais.
1. ABESUP - Associação Brasileira de Estudos Sociais do Uso de Psicoativos
2. ABGLT - Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais
3. ABORDA - Associação Brasileira de Redução de Danos
4. ABRACORU - Associação Brasileira dos Consultórios de/na Rua
5. ABRAMD - Associação Brasileira Multidisciplinar de Estudos sobre Drogas
6. ABRASCO - Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
7. ABRASME - Associação Brasileira de Saúde Mental
8. ARDAM - Associação de Redução de Danos do Amazonas
9. ATOERJ - Associação dos Terapeutas Ocupacionais do Estado do Rio de Janeiro
10. Área de Saúde Pública e Direitos Humanos da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso/Brasil)
11. AREDACRE - Associação de Redução de Danos do Acre
12. ASCER - Associação de Saúde Mental do Cerrado
13. Cebes - Centro Brasileiro de Estudos de Saúde
14. Centro de Convivência "É de Lei"
15. CESeC - Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Universidade Cândido Mendes)
16. Conectas Direitos Humanos
17. Conselho Federal de Psicologia
18. Conselho Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de Campinas
19. Conselho Regional de Psicologia - 2ª Região (PE)
20. Conselho Regional de Psicologia - 4ª Região (MG)
21. Conselho Regional de Psicologia - 6ª Região (SP)
22. Conselho Regional de Psicologia - 12ª Região (SC)
23. Conselho Regional de Psicologia - 17ª Região (RN)
24. Conselho Regional de Psicologia - 18ª Região (MT)
25. Conselho Regional de Psicologia - 20ª Região (AM, RO, RR e AC)
26. Conselho Regional de Psicologia -21ª Região (PI)
27. Centro de Referência Sobre Drogas e Vulnerabilidades Associadas (UNB/Ceilândia)
28. Centro Regional de Referência sobre Crack e outras Drogas (CRR) CETAD (UFBA)
29. CRR CREPEIA (UFJF)
30. CRR da Aliança de Redução de Danos Fátima Cavalcanti (UFBA)
31. CRR Enfermagem-UFMG
32. CRR Escola de Saúde Pública de Santa Catarina
33. CRR UDED-DIMESAD (UNIFESP)
34. CRR Universidade de Brasília/Darcy Ribeiro
35. CRR Universidade Federal de Goiás
36. CRR Universidade Federal de São Carlos
37. CRR Universidade Federal do Recôncavo Baiano
38. FLAMAS - Fórum da Luta Antimanicomial de Sorocaba
39. Fórum Cearense da Luta Antimanicomial
40. Fórum Mineiro de Saúde Mental
41. Frente Nacional Drogas e Direitos Humanos
42. Frente Estadual Drogas e Direitos Humanos do Rio de Janeiro
43. Frente Mineira Drogas e Direitos Humanos
44. Frente Paraense Drogas e Direitos Humanos
45. GEDES - Grupo de Estudos Droga e Sociedade (USP)
46. Grupo de pesquisa Ciências Humanas, Saúde e Sociedade (UNIRIO)
47. Grupo de Pesquisas em Política de Drogas e Direitos Humanos (UFRJ)
48. IBCCRIM - Instituto Brasileiro de Ciências Criminais
49. IDDD - Instituto de Defesa do Direito de Defesa
50. Instituto Plantando Consciência
51. Justiça Global
52. LANPUD - Rede Latino Americana de Pessoas que Usam Drogas
53. LEIPSI - Laboratório de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos (UNICAMP)
54. MNLA - Movimento Nacional da Luta Antimanicomial
55. Movimento Pró-Saúde Mental do Distrito Federal
56. NEIP - Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos
57. NELUTAS - Núcleo de Estudos e Pesquisas em Política, Lutas Sociais e Direitos (UNIRIO)
58. Núcleo da Luta Antimanicomial Nise da Silveira, Joinville, SC
59. Núcleo Libertando Subjetividades, PE
60. PROAD - Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (UNIFESP)
61. Projeto Transversões (UFRJ)
62. Psicotropicus - Centro Brasileiro de Políticas de Drogas
63. Rede Pense Livre - Por uma política de drogas que funcione
64. Rede Pernambucana de Redução de Danos
65. REDUC - Rede Brasileira de Redução de Danos e Direitos Humanos
66. RENILA - Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial
67. SINPSI - Sindicato dos Psicólogos de São Paulo