DIREITOS HUMANOS / 14/05/2013

Argentina e Brasil se aliam pelo direito à memória e à verdade
Argentina e Brasil se aliam pelo direito à memória e à verdade

Uma parceria entre a Psicologia argentina e brasileira foi firmada durante o 8º Congresso Norte e Nordeste da Psicologia (CONPSI), que ocorreu em Fortaleza (CE). Na mesa Direito à Verdade na América Latina, na tarde de 11 de maio, foi entregue um documento pelo professor de Psicologia da Universidade de Buenos Aires, Hernán Ezequiel, ao presidente do CFP, Humberto Verona, contendo materiais que revelam parte da história da ditadura brasileira.

"O material envolve psicanalistas e psiquiatras, que não são diretamente da Psicologia, mas são do campo psi. O material confiado ao Conselho deve ser publicado posteriormente, a partir do que for avaliado pela comissão responsável. Este é um sinal do reconhecimento do trabalho que estamos fazendo, e que traz a público as verdades contidas nos documentos que ele apresenta, com novos conhecimentos inclusive sobre a Psicologia latino-americana e a verdade na América Latina", completou.

O professor Hernán espera que os documentos tenham um efeito positivo na construção da verdade. "Espero que os (as) brasileiros (as) possam recorrer a estes arquivos e que os (as) colegas argentinos (as) possam ter mais consciência, já que esta é uma responsabilidade social em relação ao papel que os (as) psicólogos (as) e a população têm em relação à ditadura e na luta pelos direitos humanos". Ele lembrou que as ditaduras na América Latina não afetaram somente militares e revolucionários, mas que a sociedade inteira teve um papel no conflito.

A conselheira do CFP, Ângela Caniato, mediadora da mesa, acredita que o caso principal de tortura ocorrido no Brasil que está descrito no documento só foi denunciado na Argentina pelo fato da sociedade de psicanálise brasileira permanecer em silêncio. "O Brasil continua silenciado, mas temos que fazer uma Psicologia mais compromissada com questões do horror e do terror que estão postas na sociedade e muitos poucos de nós estão pesquisando sobre isso", enfatizou a conselheira.

Durante a mesa, o coordenador da Comissão Nacional de Direitos Humanos do CFP, Pedro Paulo Bicalho, questionou até que ponto os instrumentos de repressão da ditadura permanecem, ainda que de forma velada, nos tempos atuais.

Bicalho destacou o lançamento da publicação Direito à Memória e à Verdade, que deve ocorrer até o final do mês de maio e que contém mais de 60 depoimentos de psicólogos (as) que tiveram suas vidas afetadas pela ditadura civil-militar no Brasil. Para ele, o resgate do passado pode ser útil para construir um novo futuro e para que as configurações históricas marcadas pela desigualdade possam de fato ser desestabilizadas.

"Trata-se de um livro de vidas, sendo que muitas nunca foram contadas em lugar algum. A publicação vem dar uma resposta aos efeitos desse período e nos faz pensar em como somos constituídos historicamente a partir de fatos iniciados na ditadura", adiantou o coordenador da Comissão de Direitos Humanos do CFP.




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