PSICOLOGIA E SUAS / 24/09/2013

Seminário do FNTSUAS trouxe experiências diversas no campo profissional
Seminário do FNTSUAS trouxe experiências diversas no campo profissional

A presença de profissionais de diferentes áreas foi destaque no segundo dia do 2º Seminário Nacional do Fórum Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras do Sistema Único de Assistência Social (FNTSUAS), neste sábado, 22 de setembro, na sede do CFP. A atividade que teve início com a mesa sobre a contribuição das diferentes áreas para o trabalho no SUAS. O evento foi transmitido online e alcançou quase 10 mil pontos de acesso pela internet nos dois dias de evento.

Na avaliação da conselheira do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Marcia Mansur, o seminário foi um sucesso. "Recebemos um grande número de emails com perguntas e comentários positivos sobre o evento. Isso nos mostra como as(os) trabalhadoras(es) do SUAS estão interessados na discussão e ávidos por trocas de conhecimentos. É assim que vamos construindo e fortalecendo a identidade da(o) trabalhador(a) no SUAS", afirmou.

Durante a primeira mesa do dia, a musicoterapeuta Jakeline Vitor trouxe à discussão a música como instrumento de transformação social.Segundo ela, a músicafavorece a autonomia, cria laços de pertencimento e ressignifica histórias de vida. Por outro lado, lembrou da importância de haver profissionais que problematizem seu uso nas comunidades, já que também pode reforçar a violência. "As músicas vêm como dispositivos de ações sociais e formas de expressão de realidades, ou seja, são bandeiras de luta", explicou.

No campo da pedagogia, um dos fundadores do FNTSUAS, o pedagogo Washington Barbosa, enumerou três diferentes processos formativos que enxerga nodesenvolvimento humano: a educação afetiva no ambiente familiar, o processo de ensino formal nas escolas e o processo socioeducativo comunitário, que se dá no dia a dia. "O desafio que temos é a atuação do(a) pedagogo(a) em diferentes espaços, pois educar é um processo complexo e que exige um olhar diferenciado", afirmou.

Já para a psicóloga e Conselheira do CRP SP, Rita Assunção, a Psicologia tem muito a contribuir neste sentido. Em sua fala ela buscou aprofundar a reflexão sobre o verdadeiro assistencialismo. "Posso não trabalhar com nada material e ser muito assistencialista. Temos nos comprometido com a discussão de temas como cidadania e protagonismo, mas qual é o nosso real entendimento sobre o que eles significam?", questionou.

A assistente social Yolanda Guerra também abordou o trabalhomultidisciplinar: "é preciso mudar não só a cultura, mas a divisão do trabalho", disse ela, que considera a interdisciplinariedadecomo própria da sociedade atual, principalmente no desenvolvimento de espaços de escuta e acolhimento. "Temos que pensar que a equipe de trabalho vai além dos (as) profissionais individualizados, mas dependem de uma integração real entre eles".A precarização do trabalho na assistência social é um dos desafios. "Política só se faz com condições adequadas de trabalho, sem isso não podemos dar um passo a frente. E este também só pode ser dado com a construção de uma identidade comum para os(as) trabalhadores(as) da área", ressaltou.

O representante do Movimento Nacional de População de Rua e usuário do SUAS, Anderson Silva, também assinalou a importância do trabalho interdisciplinar, assim como a luta para que os(as) profissionais possam lutar contra a precarização do trabalho. "Independente de que profissional seja, só com a garantia das condições de trabalho a todas as categorias, pode ocorrer a valorização do trabalho profissional, que caminha na construção de uma política universal e interdisciplinar", afirmou Anderson Miranda. A conselheira do CFP Márcia Mansur avaliou que a presença de um representante dos usuários para debater com a(o)s trabalhadora(e)s na mesa foi importantíssima. "Somente com essa aliança estratégica entre usuários(as) e trabalhadores(as) poderemos avançar na qualidade da prestação de serviços no SUAS".

Relatos de Experiências
A última mesa do evento trouxe cinco realidades profissionais distintas, resultado dos relatos de experiências selecionados na Chamada Pública do FNTSUAS. A assistente social TatianiGuzzo abordou um serviço de convivência e fortalecimento de vínculos em Toledo, no Paraná. Trata-se do Circo da Alegria, focado em atividades para adolescentes e crianças vulneráveis entre 3 e 17 anos de idade. "O objetivo é estimular potencialidades e talentos artísticos, além de contribuir para a permanência no serviço escolar, fortalecer vínculos sociais e promover o exercício da cidadania", relatou.

Um trabalho também feito com adolescentes, desta vez em Indaial (SC), foi apresentado pelo assistente social Ivo Schnaider. A intenção foi trabalhar projetos de vida para jovens em conflito com a lei por meio de seus desejos e ambições. "Com isto pretendemos aumentar a participação social e comunitária destes adolescentes", afirmou.

No outro extremo do país, a psicóloga Rafaela Palmeira participou de uma pesquisa na região do Marajó (PA) com comunidades ribeirinhas. "Foi muito importante perceber que as comunidades, depois de nossa saída, continuaram se encontrando e fortalecendo os vínculos", comemorou Rafaela, que também ressaltou a importância do trabalho em equipe para o sucesso do projeto.




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