NOTA T�CNICA / 25/02/2013

CFP divulga orienta��es para avalia��o psicol�gica de pessoas com defici�ncia
CFP divulga orienta��es para avalia��o psicol�gica de pessoas com defici�ncia

O CFP, em seu papel de orientar, disciplinar e fiscalizar o exerc�cio da profiss�o de psic�logo (a), segundo a Lei 5.766/71, construiu a Nota T�cnica Constru��o, adapta��o e valida��o de instrumentos para pessoas com defici�ncia com o objetivo de orientar os (as) profissionais que realizam avalia��o psicol�gica para este p�blico.

Leia a �ntegra da Nota T�cnica:
Constru��o, adapta��o e valida��o de instrumentos para pessoas com defici�ncia
Na constru��o e adapta��o de testes psicol�gicos para indiv�duos com defici�ncia, faz-se imprescind�vel o atendimento aos pressupostos te�ricos e t�cnicos inerentes ao processo de constru��o e adapta��o de instrumentos sedimentados na literatura cient�fica da �rea. Contudo, alguns aspectos adicionais devem ser observados com vistas � manuten��o da qualidade psicom�trica destes instrumentos:

1) Adaptar um teste para pessoas com defici�ncia n�o se resume em alterar um aspecto indistintamente sem avaliar as consequ�ncias na avalia��o psicol�gica como um todo e nos resultados e procedimentos do pr�prio teste;

2) O uso de certos tipos de adapta��es pode modificar o construto que est� sendo medido. Cita-se como exemplo medidas de compreens�o escrita e oral;

3) � condi��o indispens�vel, considerando a heterogeneidade da popula��o com defici�ncia, o conhecimento profundo sobre o p�blico ao qual o teste � destinado, o tipo de defici�ncia, e, como o p�blico ir� manusear os materiais do instrumento; e,

4) A equipe de desenvolvimento ou adapta��o deve consultar indiv�duos com as defici�ncias alvo para avaliar o impacto das adapta��es realizadas em rela��o a aspectos de usabilidade, acessibilidade, clareza das tarefas, entre outros aspectos. Quando poss�vel, a consulta a especialistas na �rea do construto ou a psic�logos que apresentam a defici�ncia para o qual o teste est� sendo adaptado � recomend�vel.

No tocante � adapta��o, ressalta-se ainda que quaisquer ajustes nos procedimentos padronizados dos testes e nos seus materiais assumem o risco de causar mudan�as nas caracter�sticas dos instrumentos invalidando os resultados obtidos. Assim a efici�ncia de uma adapta��o para indiv�duos com defici�ncia s� poder� ser comprovada por meio de estudos pela busca de indicadores de precis�o e evid�ncia de validade do teste adaptado. Dentre os m�todos usados para verificar o efeito das adapta��es em pessoas com e sem defici�ncia, tem grande relev�ncia a investiga��o da ocorr�ncia de fun��o diferencial dos itens (DIF) (Oliveira, Nuernberg & Nunes, 2013; Psychological Testing Centre & The British Psychological Society, 2007; American Educational Research Association, American Psychological Association & National Council on Measurement in Education, 1999).

A constru��o e adapta��o dos testes psicol�gicos para os indiv�duos com defici�ncia configuram-se como atividades complexas que requerem, frequentemente, a utiliza��o de v�rias modifica��es e alguns recursos adicionais, tais como as tecnologias assistidas, na tentativa de proporcionar acessibilidade aos materiais dos testes. Em aux�lio aos desafios existentes neste processo de atendimento � diversidade humana, um recurso interessante � a aplica��o do conceito de Desenho Universal.

Tal conceito busca proporcionar a m�xima acessibilidade reduzindo o vi�s, pois permite pensar-se, desde o in�cio da constru��o ou mesmo na p�s-constru��o, em testes que possam ser flex�veis a acomoda��es atendendo a uma popula��o ampla, incluindo pessoas com e sem defici�ncia. As adapta��es realizadas fazem parte de estudos pr�vios e s�o utilizadas quando h� necessidade ou quando comp�em o teste, independentemente do indiv�duo que as utilize. Muitas modifica��es utilizadas nos testes que aplicam o conceito de desenho universal, como as que aumentam a legibilidade e o fazer intuitivo e livre de complexidade desnecess�ria, produzem instrumentos de maior qualidade tanto para os indiv�duos com defici�ncia quanto sem defici�ncia. Contudo a contribui��o do desenho universal � mais evidente para os testes utilizados pelas pessoas com defici�ncia, pois o desenho universal permite que eles possam beneficiar-se dos instrumentos psicol�gicos de forma realmente inclusiva (Oliveira, Nuernberg & Nunes, 2013; Johnstone, 2003; Thompson, Johnstone & Thurlow, 2002).

Em s�ntese, n�o � recomendada qualquer adapta��o sem pr�vio estudo. Nos casos em que o uso dos testes � inapropriado para as caracter�sticas individuais do avaliado, o psic�logo dever� proceder a avalia��o com outros recursos reconhecidos pela Psicologia.

Refer�ncias:
American Educational Research Association, American Psychological Association, National Council on Measurement in Education (1999). Standards for educational and psychological testing. Washington, DC: Author.

Psychological Testing Centre & The British Psychological Society (2007). Visual impairment and psychometric testing: Practical advice for test users managing the testing of people who have signt disabilities. Recuperado em mar�o de 2011, de www.psychtesting.org.uk.

Johnstone, C. J. (2003). Improving validity of large-scale tests: Universal design and student performance (Technical Report 37). Minneapolis, MN: University of Minnesota, National Center on Educational Outcomes. Retrieved. Recuperado em Agosto de 2011, de http://education.umn.edu/NCEO/OnlinePubs/Technical37.htm.

Thompson, S. J., Johnstone, C. J., & Thurlow, M. L. (2002). Universal design applied to large scale assessments (Synthesis Report 44). Minneapolis, MN: University of Minnesota, National Center on Educational Outcomes. Recuperado em Agosto de 2011, de http://www.cehd.umn.edu/nceo/onlinepubs/Synthesis44.html.

Oliveira, C. M. ; Nuernberg, A. H. & Nunes, C. H. S. S. (2013). A incorpora��o do Conceito de Desenho Universal na Avalia��o Psicol�gica como promotora dos Direitos Humanos. Avalia��o Psicol�gica (Impresso - Aceito para publica��o).

Bras�lia, 31 de janeiro de 2013


Conselho Federal de Psicologia - CFP




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