SAÚDE MENTAL / 23/08/2012

Debate público discute modelo AME Psiquiatria na cidade de São Paulo

Debate público discute modelo discute AME Psiquiatria na cidade de São Paulo

O auditório da sede do CRP SP abrigou, em 17 de agosto, debate público sobre a implementação de mais uma unidade do AME (Ambulatório Médico de Especialidades) Psiquiatria na cidade de São Paulo. Desta vez, no bairro do Butantã (o outro está localizado na Vila Maria). Estavam presentes trabalhadores (as) e usuários (as) da rede de saúde do Butantã, representantes do Fórum Popular de Saúde e da Frente Estadual de Luta Antimanicomial.



A principal crítica e preocupação é que a instalação de mais uma unidade do AME Psiquiatria na capital paulista contraria os princípios da Reforma Psiquiátrica brasileira, sendo um equipamento de saúde que não faz parte da Rede de Atenção Psicossocial (composta por diferentes pontos de atenção em saúde mental), e que é fruto do protagonismo social de usuários (as), familiares, trabalhadores (as) e gestores (as) da saúde na luta por direitos sociais e pela construção de um país e de um sistema público de saúde democrático e com controle social. A instalação do AME acontece sem discussão no Conselho Estadual de Saúde e nem sequer foi mencionada no Plano Estadual de Saúde do Estado (2012-15), assim como nos planos municipal e nacional.

O AME Psiquiatria foi concebido e negociado por representantes dos Departamentos de Psiquiatria de quatro universidades paulistas (UNIFESP, USP, SANTA CASA E UNISA) e da Secretaria de Estado da Saúde. O AME Butantã, que será gerido pela Faculdade de Medicina da USP, será instalado em uma região em que já existe um CAPS. A psicóloga e psicanalista, Ianina S. Otsuka, que trabalha no CAPS Butantã afirmou que todos (os) funcionários (as) da unidade estão preocupados com esta situação e que é urgente e necessário que o debate seja feito também com a população. "Lamento que não haja aqui hoje nenhum representante da AME Psiquiatria que pudesse falar a respeito deste modelo. Mas é importante destacar que ele é marcado estritamente pela ação médica", afirmou Ianina.

O debate público possibilitou a articulação e a discussão de modelos de atenção à saúde mental. Fica claro que a proposta do AME Psiquiatria é baseada na centralidade médica e na medicalização do sujeito, o que se choca com o trabalho desenvolvido pelos CAPS e os outros equipamentos da rede de atenção psicossocial, guiados pela proposta de reinserção social dos (as) usuários (as), pela possibilidade de acesso ao trabalho e ao lazer, fortalecendo laços familiares e comunitários.



Pedro Gabriel Delgado questionou o que de fato está em discussão. "Este debate estará diretamente ligado à continuidade do processo de Reforma Psiquiátrica e ao futuro da atenção psicossocial no Brasil", destacou.





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