18 de maio: Sorocaba comemora do Dia Nacional de Luta Antimanicomial com manifestação e audiência pública / 18/08/2010

18 de maio: Sorocaba comemora do Dia Nacional de Luta Antimanicomial com manifestação e audiência pública
18 de maio: Sorocaba comemora do Dia Nacionalde Luta Antimanicomial com manifestação e audiência pública publicada dia 25/5/2010
 

Pelo segundo ano consecutivo, a Câmara Municipal de Sorocaba, por intermédio do vereador Izidio Correa, realizou uma audiência pública para debater a reforma psiquiátrica, assinalando, assim, o 18 de maio, Dia Nacional de Luta Antimanicomial. Antes, à tarde, uma ação organizada por estudantes e usuários de São Paulo, ABC, Santos e Sorocaba, além de representantes do CFP, do CRP SP e do SinPsi, fizeram uma manifestação, na Praça Coronel Fernando Prestes, centro da Cidade com faixas, passeata, distribuição de panfletos e um desfile improvisado da Dasdoidas, um projeto de inclusão social do CAPS Itapeva.



A escolha de Sorocaba para a realização dos eventos não foi aleatória. O município centraliza a região do Estado de São Paulo que detém, proporcionalmente, o maior número de vagas psiquiátricas, com um leito para cada 403 habitantes, contando atualmente com cerca de mil pessoas internadas. "A estatística é preocupante, são mil pessoas que não têm direito de participar e contribuir na construção da nossa sociedade", afirmou a psicóloga Eliza Zaneratto Rosa, conselheira do CFP e uma das integrantes da mesa de debate na Câmara. "A falta de uma rede substitutiva adequada e outras formas de tratamento que não tirem o paciente da família e da comunidade precisa ser corrigida.", acrescentou.

Também presente à mesa, a coordenadora municipal de Saúde Mental de Sorocaba, Maria Clara Suarez, traçou um perfil da atuação de sua pasta na cidade, informando que Sorocaba conta com quatro hospitais psiquiátricos e dez Centros de Atenção Psicossocial (Caps), sendo que dois deles são para atender pacientes com problemas alcoólicos e outras drogas, um que atende crianças e adolescentes e um para pessoas a partir de 29 anos, três CAPS infantis e outros cinco que atendem diferentes patologias. "Há ainda uma oficina terapêutica e 15 residências terapêuticas", informou Maria Clara, antes de deixar a mesa, alegando ter assumido outro compromisso, o que prejudicou a proposta de debate da audiência. O psicólogo Lúcio Costa, membro do Fórum de Luta Antimanicomial de Sorocaba, no entanto, criticou o encaminhamento que a prefeitura dá à questão da Saúde Mental, afirmando que a cidade precisa mudar o modelo existente na cidade. "Temos dez CAPS em Sorocaba e apenas três deles são reconhecidos pelo Ministério da Saúde; temos a iniciativa privada e ONGs fazendo a gestão desse serviço, o que não pode acontecer", lamentou. "Há diversos programas substitutivos de atendimento às pessoas com transtornos mentais e nada disso é implantado na cidade."




Para Eliza Zaneratto, a cidade carece que concepções e práticas transformadoras: "Precisamos convencer muita gente de que transtorno mental se faz em liberdade e que não existem cuidados com privação da sociedade". Segundo ela, há interesses econômicos nesta situação que precisam também ser enfrentados: "O SUS repassa verbas para as prefeituras e não vemos o investimento adequado na Saúde Mental".

A audiência pública também contou com a participação do apoiador municipal de Saúde Mental de Campinas, Eduardo Camargo Bueno, do membro da Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial, Igor da Costa Barizon, e da representante da Comissão de Direitos Humanos da OAB de Sorocaba, Maristela Monteiro. Acompanharam ao evento também a assessoria do deputado estadual Hamilton Pereira, usuários, universitários, psicólogos e muitos deles em comitivas dos municípios de Santos, São Bernardo do Campo e Campinas. Ao final dos trabalhos, foram encaminhadas várias propostas à mesa e o vereador Izidio Correa se prontificou a levá-las para o Executivo municipal.

 




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