No último dia 8 de Junho foi realizado o evento Cotidiano das Velhices: Conflitos e Conquistas, que teve como intuito incentivar a responsabilidade e o compromisso dos profissionais com a sociedade, como agentes de transformação, e contou com 260 participantes.
É necessário que os profissionais que trabalham na área do envelhecimento possam ser capazes de prestar serviços de qualidade e pertinentes, que sejam capacitados para entenderem os limites e as peculiaridades decorrentes do processo de envelhecimento e que possam incluir e reconhecer as modificações psicológicas, emocionais e sociais do idoso na velhice.
Durante o evento foram realizadas apresentações artística dos grupos Corporação Musical São José, Núcleo de Convivência de Idosos Viver Melhor e Harmonia da UBS Sítio da Casa Pintada.
Os palestrantes Maria Helena Vilas Boas Concône, Natália Carolina Verdi, José Carlos Ferrigdo Rosa Chubaci Yuka Sato, Diego Felix Miguel, Valdemar Donizeti de Sousa e as mediadoras Ruth Gelehrter da Costa Lopes e Rita de Cassia Oliveira Assunção debateram a respeito do processo de envelhecimento e abordaram sobre as políticas públicas para a velhice.
O psicólogo Valdemar Donizeri de Souza relatou a importância da temática do evento: “É um tema essencial para que cada vez mais possamos estar abrindo para discussão na sociedade de uma maneira geral, e particularmente nos conselhos de classes. O Conselho Regional de Psicologia de São Paulo (CRP SP) tem sido muito protagonista em estar levantando temas emergentes e polêmicos para debate, e o que a/o psicóloga/o tem á ver com tudo isso? Então, esse é um tema que não dá para a Psicologia ficar distante e nem ausente”.
A membra da Comissão de Políticas Públicas do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo Rita de Cassia Oliveira Assunção também menciona a relevância do evento: “Construir espaço para discussão sobre o envelhecimento é de extrema importância, tendo em vista que a temática cada vez mais atravessa o cotidiano da pratica de psicólogas (os) frente o envelhecimento da população”.
Sobre a atuação da/o profissional que atua na área do envelhecimento, Rita ressalta: “Na atuação profissional identificamos a necessidade de uma atuação multiprofissional com condições de atuar na criação de respostas que transversalize a temática e contribua na construção de políticas mais efetivas no sentido de atender as demandas desse publico. É preciso a compreensão do envelhecimento enquanto processo de vida. Nesse sentido tem sido um desafio construir ações de atenção em suas diversas dimensões, que contemplem os aspectos sociais, políticos, econômicos, culturais, dentre outros do envelhecimento”.
Rita conclui: “O grande número de inscritos para o evento reflete o desejo e a necessidade da categoria debater sobre o envelhecimento e a prática profissional. Também temos de considerar os processos de transformações que a sociedade vem passando e que de alguma forma impactam no processo de envelhecer, trazendo mudanças psicológicas, emocionais e sociais”.
