O Conselho Regional de Psicologia de São Paulo - CRP 06 tem a honra de apresentar ao público a lista de trabalhos aprovados para a 1ª Mostra de Práticas em Psicologia na Interface com a Justiça. As/os autoras/es que tiveram seus resumos aprovados, receberão no próximo dia 2 de outubro um e-mail com as orientações para envio do trabalho completo.
Nome do trabalho |
Autor/a(s) |
Psicologia na interface com a justiça e formação do psicólogo: trajetórias e reflexões |
Marta Cristina Meirelles Ortiz |
Adoção: a que(m) será que se destina? – recortes de uma pesquisa sobre as engrenagens da adoção no judiciário paulista |
Jéssica Mara Oishi |
Desvendando a justiça - pelo engajamento dos afetos no tratamento de conflitos |
Marília Marra de Almeida |
Psicologia na Interface com o Direito: uma reflexão sobre demandas e desmandos |
Vivian Cristina Freitas da Paixão |
Atuação da Psicologia no acesso à justiça: plantão psicológico no Departamento Jurídico XI de Agosto |
Joyce Cristina de Oliveira Rezende, Lucas Cardoso Fonseca; Luana Maria Carrilho Segantini; Letícia Borges Galli; André Prado Nunes; Henriette Tognetti Penha Morato |
A atuação da equipe interdisciplinar em casos de violência sexual contra crianças e adolescentes |
Leandro Augusto Ferreira; Mariana Medeiros Lucas |
Abuso sexual infantil – a criança e o acompanhamento terapêutico pelo olhar psicossocial |
Carla Andresa e Silva; Juliana Vendruscolo; Lilian de Almeida Guimarães |
Reavaliação de Pretendentes a Adoção em Grupo: sustentação do período de espera e promoção de reflexão |
Carla Alessandra Barbosa Gonçalves Kozesinski; Jéssica Mara Oishi; Simone Trevisan de Jesus |
Aplicação da campanha “Cuida Bem de Mim” como metodologia de trabalho em serviço de acolhimento para crianças e adolescentes |
Gabriela Russo Serrano; Paula Gabriela Batista Julio |
A atuação do psicólogo no conselho tutelar |
Isabella Galbiatti; Samily Alves Simões; Vitória Barbosa Crivelin |
A atuação de uma psicóloga jurídica frente a processos judiciais de guarda na comarca de Sete Lagoas/MG |
Priscila Moreira dos Santos; Ana Cláudia Junqueira Burd |
A Interface da Psicologia com o Sistema de Garantia de Direitos |
Aline Moreira Souza dos Santos; Nathalia Cristina Evangelista Rocha; Thaynã Alves da Cunha |
Histórias de adoção: reflexões sobre adoção de adolescentes a partir de estudos psicológicos na VIJ |
Gabriela Galaguer |
Plantão psicológico e mediação de conflitos: uma vivência no Cejusc central de São Paulo |
Alessandra Pereira Rulli; Elvira Maria Leme |
A necessidade do atendimento psicológico de plantão dentro das Delegacias de Defesa da Mulher |
Eduarda Lacerda Bordão; Maicoul Alves de Souza |
Lei Federal 13.341, lei que institui o depoimento especial: reflexão crítica sobre aspectos conceituais e operacionais |
Haroldo Tuyoshi Sato |
Grupo de Reflexão com Agressores Sexuais |
José Iraldo Souza |
Prometeu acorrentado na Socioeducação |
Kalina Lídia Freitas Teixeira |
O impacto na ressocialização da medida socioeducativa de semiliberdade |
Lenilson Alves Figueiredo; José Henrique M. de Moraes |
A Psicologia e o Judiciário nas práticas restaurativas em atendimento socioeducativo |
Otávio Barduzzi Rodrigues da Costa; Clívia Cristina Martins Donza Benício; Silvia Regina Braga de Assis |
Considerações acerca da promoção de saúde nos serviços de acolhimento institucional |
Carla Alessandra Barbosa Gonçalves Kozesinski |
O cotidiano do psicólogo na execução das Medidas Socioeducativas em Meio Aberto |
Katya Sayumi Okada |
As práticas legitimadoras da criminalização da loucura e a ineficácia da 10.216 ao louco infrator |
Thais Lasevicius; Heloísa Gonçalves Alexandre |
O papel da Psicologia nas penas e medidas alternativas |
Jaqueline Siles de Moraes; Gabrielle Amaro Pessoa Caires; Marcelo Curty; Priscila Seixas Landim; Rafael Pires Barbosa |
Projeto Perspectivas |
Elisa Maria Malacrida; Mauro Sérgio Nunes; Roseli Ferreira Ameduri; Claudia Amendola Machi; Lucia Oda; Rosana Ferreira; Fernando Augusto Carmo Leme Chu |
Programa de prevenção às drogas e Grupo de Apoio Vida Nova |
Elisa Maria Malacrida; Nivaldo dos Santos; Lucia Oda; Sérgio Ribeiro |
O trabalho do (a) Psicólogo(a) em equipe multidisciplinar em um Centro de Defesa e Convivência da Mulher |
Arlete Nunes Feitoza de Melo |
O percurso do Núcleo de Justiça Restaurativa de São Vicente |
Isabela Oliveira Boitar; Juliana de Menezes Almeida; Marta Cristina Meirelles Ortiz |
A atuação do psicólogo na Defensoria Pública em articulação com a RAPS |
Tiago de Sousa Medeiros |
Observações teóricas a partir da escuta de mulheres gestantes que manifestam entregar seus filhos em adoção no âmbito do Judiciário |
Emeline Duo Riva |
Psicologia na interface com a Justiça: relato de experiência no atendimento à violência doméstica e familiar contra a mulher no Judiciário |
Fernanda Aguiar Pizeta; Carolina Moreira Gama |
1ª Mostra de Práticas em Psicologia na Interface com a Justiça
Estamos num momento histórico de retrocessos e ameaças ao Estado democrático de direitos, marcado pela redução de políticas públicas e pelo aumento da criminalização da pobreza, do conservadorismo e do autoritarismo. Assim, torna-se fundamental as/os profissionais da Psicologia se posicionarem.
Com condições de vida cada vez mais precárias, tem se tornado comum a judicialização das questões sociais, na busca pelo acesso aos direitos básicos. É fundamental que as/os psicólogas/os compreendam essa conjuntura e assumam o compromisso social que uma profissão garantidora de direitos humanos exige, partindo de uma análise crítica do funcionamento societário e do sistema de Justiça.
Sabemos que a prática da Psicologia pode contribuir para cronificar estas questões e para a reificação das emoções; suas intervenções igualmente podem caminhar em direção oposta: levar a reposicionamentos, a questionamentos, apresentar alternativas às lógicas binares vítima-algoz, culpado-inocente, almejar a ampliação da autonomia dos atores envolvidos, contribuir para transformar a natureza do conflito, em especial junto às instituições sociojuridicas.
O CRP SP, a partir do Núcleo Justiça (NJ), busca refletir e construir parâmetros para um grande número de psicólogas e psicólogos que atuam em instituições diversas ou mesmo em consultórios particulares e que são chamados a dialogar com o sistema de Justiça brasileiro.
É histórica a interface da Psicologia com o sistema de Justiça e a atuação nesta interface tem se tornado cada vez mais ampla, por meio de práticas junto ao Sistema Prisional, Defensoria Pública, o Ministério Público, Tribunal de Justiça, Segurança Pública, SUAS, Sistema Socioeducativo, SUS e outros, muitas vezes de forma bastante isolada.
Consideramos que é por meio do diálogo constante que podemos aprimorar e qualificar nossa atuação.
Assim, para conhecermos as diversas práticas contemporâneas da Psicologia na interface com a justiça e refletirmos sobre o panorama histórico da Psicologia nessa interface, convidamos psicólogas e psicólogos a apresentarem seus fazeres científicos e profissionais na 1.ª Mostra de Práticas em Psicologia na Interface com a Justiça, como um espaço para construir uma Psicologia para todas e todos, em todos os lugares.