SEXUALIDADE E GÊNERO / 07/08/2018

7 de agosto de 2018 – 12 anos de Lei Maria da Penha

7 de agosto de 2018 – 12 anos de Lei Maria da Penha

 

Sancionada em 7 de agosto de 2006, a Lei nº 11.340, denominada como Lei Maria da Penha, visa proteger mulheres em situação de vulnerabilidade, violências física, psicológica, sexual, patrimonial e moral no ambiente doméstico e familiar.

 

A lei foi assim nomeada devido à luta de Maria da Penha, farmacêutica cearense, que sofreu junto com suas três filhas, agressões e tentativas de assassinato por parte de seu ex-marido.

 

Ao denunciá-lo, Maria da Penha percebeu que a Justiça brasileira não dava a devida atenção a ela e outras mulheres em situação de violência.

 

Em 1998, o Centro pela Justiça e o Direito Internacional (CEJIL) e o Comitê Latino Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher (CLADEM), encaminharam o caso de Maria da Penha para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA).

 

O caso foi solucionado apenas em 2002 e o Estado brasileiro foi condenado por omissão e negligência pela Corte Interamericana de Direitos Humanos.

 

Após a sanção da Lei Maria da Penha, o número de denúncias de violência doméstica aumentou 86%; o governo disponibilizou um veículo para denúncias de agressão, o número 180; e instituiu a Casa da Mulher Brasileira para acolher as que ficam desamparadas ao denunciar seu agressor.

 

Ainda assim, hoje, 7 de agosto de 2018, aniversário de 12 anos da Lei Maria da Penha, dados apontam que a violência contra a mulher continua muito presente e enraizada na cultura brasileira.

 

Sabe-se que a cada 11 segundos é registrado um estupro no Brasil e somente 15,7% dos acusados destes crimes foram presos; a cada 7 segundos, uma mulher é vítima de violência física; e a cada duas horas uma mulher é assassinada.

 

Se fizermos recorte nestes dados, verificamos que a questão racial agrava ainda mais esses índices, já que o número de mulheres negras assassinadas aumentou 54% em dez anos enquanto o de mulheres brancas diminuiu 9,8%.

 

A violência não pode ser vista apenas como um caso isolado, mas sim como estrutural. Ela começa pelo machismo no mercado de trabalho, na qual as mulheres ganham 23% menos do que os homens, e chega até os casos mais extremos como a violência sexual e o feminicídio.

 

Identificar que a Psicologia brasileira é composta por uma maioria de mulheres é também por reconhecer que aPsicologia não pode ser omissa e nem conivente. É função da/do psicóloga/psicólogo trabalhar a percepção crítica de que a sociedade foi construída, cultural e historicamente, por uma lógica machista, racista e misógina que mata mulheres todos os dias.

 

Dados: Central de atendimento à Mulher; Instituto de Segurança Pública; Ipea; Mapa da Violência; Ministério da Saúde; Relógios da Violência - Instituto Maria da Penha





Institucional

Conheça o CRP SP
Conselheiros
Subsedes
Comissões
Licitações
Transparência
Nova sede
Atendimento

Boletos on-line
Anuidades
Atualizar cadastro
Cadastro nacional
Concursos
Declaração Profissional
Validação de Declaração
Inscrição de empresa
Inscrição pessoa física
Profissionais inscritos
Entrega de CIP
Orientação

Código de Ética
Manuais
Representações
Título de especialista
Legislações
Tabela de honorários
Testes psicológicos

Publicações

Boletins CRP SP
Cadernos temáticos
Campanhas e ações
Cartilhas
CREPOP
Diversos
Exposições virtuais
Jornal Psi
Livros
Memória da Psicologia
Notícias
Páginas temáticas
Quadrinhos
TV Diversidade
Vídeos
Agenda

Agenda CRP SP
Outros eventos
Indique um evento
Transmissões online
Planejamento estratégico
Conselho Regional de Psicologia 6ª Região | R. Arruda Alvim, 89 | 05410 020 | São Paulo/SP | Tel. 11 3061 9494