NOTA / 18/04/2016

A Psicologia por uma Reforma Psiquiátrica Antimanicomial

Na última sexta-feira, dia 15 abril, após 121 dias de ocupação, movimentos da Luta Antimanicomial enfrentaram a reintegração de posse, realizada pela Polícia Federal, deixando a sala do Ministério da Saúde.

 

Bravamente, esses militantes sustentaram essa estratégia de luta como resposta à nomeação de Valencius Wurch à Coordenação Nacional de Saúde Mental. Resistiram em nome de um coletivo de usuários, trabalhadores e familiares do campo da saúde mental, que não reconhecem na figura e na trajetória histórica desse coordenador o necessário compromisso com o direito à saúde, à igualdade e à liberdade. Reconhecem-no, ao contrário, pelo descompromisso e pela contrariedade em relação à Reforma Psiquiátrica Antimanicomial.

 

Em nome do reconhecimento da importância do protagonismo inequívoco do Movimento da Luta Antimanicomial para fazer avançar a Reforma Psiquiátrica em nosso país, o CRP SP apoiou essa estratégia de luta e resistência. E ao apoiá-la, comprometeu-se com o modelo de cuidado preconizado pela Psicologia brasileira no contexto atual e comprometeu-se também com a necessidade de que os rumos e definições em relação a essa luta fossem traçados e assumidos pelo próprio movimento, ao lado do qual nos colocamos como parceiros.

 

Os 121 dias de ocupação foram essenciais para reafirmar um princípio que a nós, nesse momento, se coloca como compromisso: a luta por direitos precisa do protagonismo dos movimentos sociais e não deve jamais recuar em relação ao Estado, sobretudo quando projetos que representam retrocessos à conquista de direitos reorganizam-se na sociedade brasileira.

 

Nossa gratidão aos valentes defensores de uma sociedade que prescinda dos manicômios. Vocês agora são parte de um importante capítulo da história da Reforma Psiquiátrica Antimanicomial no Brasil. Representam a luta e a resistência da sociedade num momento em que conquistas duramente alcançadas ao longo da história encontram-se ameaçadas. Representam a força e a potência na continuidade da caminhada de uma sociedade que, valorizando sua diversidade, tem a igualdade como horizonte.

 

É necessário mantermos esse momento em nossa memória, pois a Reforma Psiquiátrica Antimanicomial brasileira se inscreve na história como um dos aspectos da luta por reconhecimento e promoção de direitos humanos e garantias fundamentais. É, sobremaneira, parte de um mesmo, sincero e genuíno projeto civilizatório.   

 

A Psicologia do estado de São Paulo segue comprometida com a Luta Antimanicomial e com a qualificação de políticas públicas e modelos assistenciais que respondam a seu sentido ético, posicionando-se ao lado dos movimentos sociais e orientando-se pelo respeito e reconhecimento em relação a seu protagonismo.





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