INTERNET / 06/10/2011

I Fórum de Internet no Brasil tem apoio do Sistema Conselhos de Psicologia

Sistema Conselhos de Psicologia participa da articulação para o I Fórum de Internet do Brasil

Roseli Goffman, Sueli Ferreira Schiavo e Maria de Fátima Nassif*

O Sistema Conselhos de Psicologia - que reúne 20 Conselhos Regionais e o Conselho Federal - participa da mobilização do I Fórum de Internet do Brasil como resultado de um processo de gestão democrática da categoria que elege, em Congresso Nacional, suas pautas prioritárias para a Psicologia.

Para a Comunicação, foi criado um Coletivo Nacional, que desde os preparativos para a I Confecom - Conferência Nacional de Comunicação, em 2009 - compôs com os movimentos sociais na construção de proposta de Marco Regulatório para os artigos relativos à Comunicação na Constituição de 1988. Este é um trabalho de militância política e vem se desenvolvendo pela Psicologia engajada na construção de uma profissão marcada pelo compromisso social, por uma atuação ética e emancipatória. Entendemos que a Comunicação é decisiva na formação de um país mais justo e que supere as desigualdades. Além disso, a comunicação é elemento importante para a produção das subjetividades, com as quais lidamos no dia a dia de nosso exercício profissional.

É a luta contra a invisibilidade das desigualdades sociais, contra o preconceito, contra as limitações e restrições de acesso à comunicação das populações excluídas que vem motivando o engajamento de um coletivo de psicólogas e psicólogos no movimento pela democratização da comunicação e pela liberdade de expressão.

Historicamente, há uma concentração de poder dos meios de comunicação no Brasil. Cabe à poucas pessoas decidir sobre o que se tornará visível e o que não irá aparecer nos noticiários e nos programas de entretenimento. Nas últimas décadas, os dispositivos tecnológicos e suportes midiáticos têm recebido investimentos significativos, porém as garantias sobre os direitos humanos, questões da cidadania, a defesa das comunidades e de seus direitos a um território material e existencial, não tem acontecido na mesma proporção. Da mesma forma, o acesso às condições de expressão das diversidades e regionalidades não têm melhorado. Entendemos que a teknè está indissoluvelmente associada à polis, e nosso debate no campo da Comunicação é politike, onde, afinal, podemos produzir movimento e novos discursos, que revelam a plena diversidade e o multiculturalismo, como exercício da liberdade de expressão.

A mídia exerce sincronicidade social. Frente a um aparato tecnológico que transmite conteúdos, ficamos sentados, sedados e, simultaneamente, adrenalizados pela carga de informação. A relação mediada pela máquina e sem o contato humano, neste modelo de sociedade de controle em que interagimos com o átomo-mercado, por meio de um aparato tecnológico que interfere na visão de mundo, nas crenças e valores, e até no próprio conceito de realidade. Precisamos de espaços públicos, da acessibilidade do olhar para o comum, para a mediação desta cornucópia informacional, garantindo direitos de universalização da educação para a mídia como moderadora da influência de nossa compulsão ao consumo. Esse modelo individualiza, fragmenta, atomiza. As pessoas imaginam-se socializadas porque possuem muitos vínculos e redes sociais, porém, precisamos nos perguntar: que vínculos são esses? Quantos encontram-se vulneráveis e suscetíveis frente aos conteúdos mediados por esses ambientes tecnológicos? Que oportunidades efetivas possuem as diferentes comunidades de mostrar sua diversidade ou mostrarem como se vive nas diferentes regiões do país? A que interesses servem os conteúdos que são veiculados? Em que esses aparatos contribuem na construção de cidadania?

Entendemos que toda e qualquer forma de opressão que se quer impor às mídias digitais será descartada diante de um marco regulatório construído com ampla participação da sociedade brasileira, e para que esta proposta possa realizar-se, recomendamos ampla participação e divulgação da consulta pública sobre a Plataforma para um Novo Marco Regulatório das Comunicações, em www.comunicacaodemocratica.org.br.

Defendemos a construção de espaços democráticos de participação política como os Conselhos de Comunicação Social estaduais e nacional, as propostas aprovadas na I Confecom - como a proibição de publicidade dirigida à crianças, e de bebidas alcoólicas, os cuidados sobre a publicidade relativas ao trânsito e mobilidade urbana e à exploração do uso da imagem do corpo.

CFP: http://comunicacao.pol.org.br/

Campanha pela Ética na TV: http://www.eticanatv.org.br

Roseli Goffman - é Colaboradora da Comissão de Comunicação do CFP

Sueli Ferreira Schiavo - é Conselheira do CFP

Maria de Fátima Nassif - é Conselheira e Vice Presidente do CRP SP







Mais Notícias

Institucional

Conheça o CRP SP
Conselheiros
Subsedes
Comissões
Licitações
Transparência
Nova sede
Atendimento

Boletos on-line
Anuidades
Atualizar cadastro
Cadastro nacional
Concursos
Declaração Profissional
Validação de Declaração
Inscrição de empresa
Inscrição pessoa física
Profissionais inscritos
Entrega de CIP
Orientação

Código de Ética
Manuais
Representações
Título de especialista
Legislações
Tabela de honorários
Testes psicológicos

Publicações

Boletins CRP SP
Cadernos temáticos
Campanhas e ações
Cartilhas
CREPOP
Diversos
Exposições virtuais
Jornal Psi
Livros
Memória da Psicologia
Notícias
Páginas temáticas
Quadrinhos
TV Diversidade
Vídeos
Agenda

Agenda CRP SP
Outros eventos
Indique um evento
Transmissões online
Planejamento estratégico
Conselho Regional de Psicologia 6ª Região | R. Arruda Alvim, 89 | 05410 020 | São Paulo/SP | Tel. 11 3061 9494